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Rescisão em Japão

Políticas de rescisão e indenização

Entenda os procedimentos de rescisão de contrato de trabalho em Japão

Japão termination overview

Rescisão do emprego no Japão é regida por leis trabalhistas rigorosas, projetadas para proteger os empregados. Diferentemente de alguns outros países, os empregadores enfrentam obstáculos legais significativos ao dispensar funcionários, especialmente empregados regulares em tempo integral. O quadro legal enfatiza o princípio de que a dispensa deve ser considerada uma última alternativa e deve basear-se em motivos objetivamente razoáveis e procedimentos adequados; caso contrário, pode ser considerada uma "abuso de direitos" e, assim, inválida.

Navegar pelas complexidades da legislação trabalhista japonesa requer atenção cuidadosa aos detalhes, desde estabelecer motivos claros para a rescisão até cumprir prazos de aviso específicos e etapas processuais. O não cumprimento pode levar a disputas legais onerosas, incluindo pedidos de reintegração, pagamento de salários atrasados e indenizações. Compreender os requisitos legais é crucial para empregadores que operam no Japão.

Requisitos de Período de Aviso

Sob a legislação trabalhista japonesa, os empregadores geralmente são obrigados a fornecer aviso prévio antes de rescindir o contrato de um empregado. O período mínimo de aviso depende do tempo de serviço contínuo do empregado.

Tempo de Serviço Contínuo Período Mínimo de Aviso
Menos de 14 dias Nenhum aviso requerido
De 14 dias a menos de 3 meses Aviso mínimo de 3 dias
De 3 meses a menos de 1 ano Aviso mínimo de 30 dias
1 ano ou mais Aviso mínimo de 30 dias

Alternativamente, o empregador pode pagar ao empregado um salário médio pelo período de aviso, em vez de fornecer aviso prévio. Isso é conhecido como pagamento em substituição ao aviso. Para um período de aviso de 30 dias, o pagamento em substituição normalmente corresponderia a 30 dias de salário médio diário do empregado. Existem algumas exceções ao requisito de aviso, como casos de força maior que tornem impossível a continuidade do negócio ou quando um empregado é dispensado por motivos atribuíveis à sua própria culpa, desde que o empregador obtenha aprovação do Labor Standards Inspection Office.

Indenização de Rescisão

Ao contrário do período de aviso, não há uma exigência estatutária geral para que os empregadores paguem indenização na rescisão no Japão. No entanto, a indenização de rescisão é uma prática muito comum e frequentemente estipulada nas regras internas da empresa, acordos coletivos ou contratos individuais de trabalho.

Quando a indenização de rescisão é prevista, o método de cálculo geralmente é definido nas regras internas ou acordos da empresa. Os fatores comuns que influenciam o valor incluem:

  • Tempo de serviço contínuo
  • Salário base na época da rescisão
  • Motivo da rescisão (por exemplo, demissão voluntária, dispensa por iniciativa da empresa, aposentadoria)

Muitas empresas usam uma fórmula que multiplica o salário base do empregado por um coeficiente que aumenta com seus anos de serviço. Embora não seja legalmente obrigatório na maioria dos casos, se as regras internas da empresa ou um acordo especificam a indenização de rescisão, ela se torna uma obrigação contratual que o empregador deve cumprir.

Motivos para Rescisão

A legislação japonesa distingue entre rescisão com causa (dispensa disciplinar) e rescisão sem causa (dispensa ordinária, incluindo redundância). O limiar legal para uma dispensa válida é alto.

  • Rescisão com Causa (Dispensa Disciplinar): Reservada para conduta grave do empregado, como violações significativas das regras da empresa, atos criminosos ou negligência severa. Os motivos devem estar claramente definidos nas regras internas da empresa, e a conduta do empregado deve ser suficientemente grave para justificar a dispensa. Mesmo com causa, a dispensa não deve ser considerada um "abuso de direitos" à luz de todas as circunstâncias.
  • Rescisão sem Causa (Dispensa Ordinária): Essa categoria inclui problemas de desempenho, redundância (layoffs) ou outros motivos não disciplinares. Para dispensa por desempenho, os empregadores devem demonstrar que forneceram advertências claras, oportunidades de melhoria e suporte, e que o desempenho não melhorou. Para redundância, os tribunais normalmente exigem que os empregadores demonstrem:
    • Uma necessidade empresarial genuína para a redução da força de trabalho.
    • Esforços para evitar demissões (por exemplo, redução de horas extras, solicitação de aposentadorias voluntárias).
    • Critérios justos e objetivos para a seleção dos empregados a serem dispensados.
    • Procedimentos adequados, incluindo consulta com empregados ou sindicatos.

Em todos os casos, os motivos para a dispensa devem ser objetivamente razoáveis e socialmente aceitáveis.

Além de ter motivos válidos e fornecer aviso (ou pagamento em substituição), os empregadores devem seguir procedimentos específicos para garantir que uma rescisão seja legal.

  1. Comunicação Clara: O empregador deve comunicar claramente os motivos da rescisão ao empregado.
  2. Documentação: Manter documentação detalhada que suporte os motivos da rescisão, incluindo avaliações de desempenho, cartas de advertência, registros de conduta e evidências de esforços para apoiar o empregado ou evitar redundância.
  3. Oportunidade de Explicar: Para questões disciplinares, o empregado geralmente deve ter oportunidade de explicar suas ações.
  4. Consulta: Embora nem sempre seja legalmente obrigatório para dispensas individuais, a consulta com o empregado, e potencialmente com um sindicato ou representante dos empregados, é altamente recomendada, especialmente em casos de redundância ou problemas de desempenho.
  5. Emissão de Certificado: A pedido do empregado, o empregador deve emitir um certificado de emprego detalhando o período de emprego, cargo e salários. Se o empregado foi dispensado, ele também pode solicitar um certificado indicando o motivo da rescisão, que o empregador deve fornecer, salvo se o motivo estiver sob exceções específicas.

O não cumprimento dos procedimentos adequados, mesmo que os motivos para a dispensa pareçam válidos, pode tornar a rescisão inválida.

Proteções ao Empregado e Dispensa Indevida

A legislação trabalhista japonesa oferece fortes proteções contra dispensa injusta. O Artigo 16 da Labor Contract Act afirma que "uma dispensa será inválida por abuso de direitos se não for objetivamente razoável e não for considerada adequada em termos sociais gerais." Este princípio confere aos tribunais ampla discricionariedade para revisar a validade das dispensas.

Se um tribunal considerar uma dispensa como abuso de direitos (dispensa indevida), a rescisão será considerada inválida desde o início. O empregado é legalmente considerado como permanecendo empregado. O empregador pode ser ordenado a:

  • Reinserir o empregado em seu cargo.
  • Pagar salários atrasados por todo o período desde a data da dispensa inválida até a data da reintegração.
  • Potencialmente pagar indenizações.

Os erros comuns que levam a reivindicações de dispensa indevida incluem motivos insuficientes, falta de advertências claras ou oportunidades de melhoria (para problemas de desempenho), critérios de seleção injustos (para redundância) e falha em seguir procedimentos adequados. Os empregadores devem abordar a rescisão com cautela, garantindo que tenham razões sólidas e documentadas e que cumpram estritamente os requisitos legais e procedimentos justos.

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